Sonhar é Travessar: O Sonho na Teoria da Subjetividade Ético-Simbólica
DOI:
https://doi.org/10.0000/nzmwta86Palavras-chave:
sonho, símbolo, desejo, escuta clínica, teoria ético-simbólica, subjetividade, travessiaResumo
Este artigo propõe uma releitura do sonho a partir da Teoria da Subjetividade Ético-Simbólica, compreendendo-o não como representação codificada do inconsciente reprimido, mas como ensaio simbólico de travessia ética do desejo. Em oposição às tradições interpretativas que priorizam a decifração de significados universais, defendemos o símbolo onírico como estrutura viva e singular que carrega afetos éticos ainda não reinscritos. O sonho é aqui considerado como campo de reorganização narrativa do Mnémethos e dramatização do juízo ético do Éthos, em ambiente de suspensão da linearidade do tempo consciente. Apresenta-se também uma técnica clínica própria — a Travessia Ético-Simbólica — baseada na escuta afetiva dos símbolos, articulando linguagem, emoção e desejo singular. Por fim, discute-se o papel do analista como testemunha da travessia simbólica, e não como decifrador de verdades ocultas. Trata-se, portanto, de uma proposta clínica e epistemológica que desloca o sonho do campo da revelação para o da reinscrição.

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